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30 de nov. de 2011

Meme literário - dia 30

Dia 30 – Qual foi o último livro que você comprou? Fale sobre ele.

Acho que foi o Guia Passo-a-Passo Barcelona. Pior: logo depois fizemos umas contas da viagem e Barcelona saiu do roteiro do ano que vem. :\

29 de nov. de 2011

Meme literário - dia 29

Dia 29 – Quantos livros em média você costuma comprar por mês? Você costuma comprar livros em sebos, ou prefere as livrarias? Compra muito pela internet?

Não sei quantos livros compro por mês, certamente há meses que não compro nenhum, mas acho que não há nenhuma fatura de cartão nesta casa que não tenha alguma parcela com livros pelo meio. Desde que abriu a Saraiva do Boulevard, aqui do lado de casa, a compra de livros tem se tornado mais frequente (especialmente aquela por impulso).

Não compro muito em sebos, mas uso bastante a internet.

28 de nov. de 2011

Meme literário - dia 28

Dia 28 – O que você faz quando encontra uma palavra que não conhece durante a leitura? Para para procurar no dicionário? Anota para procurar depois? Ou tenta deduzir seu significado pelo contexto?



Tento deduzir o significado pelo contexto. Se a palavra aparece muitas vezes e ainda sinto falta de uma explicação mais precisa, daí procuro no dicionário. Em livros em língua estrangeira isso, é claro, acontece mais vezes, daí uso mais o dicionário, especialmente se uma frase inteira ou até um parágrafo ficam muito prejudicados por uma palavra (ou mais) que não conheço bem.

27 de nov. de 2011

Meme literário - dia 27

Dia 27 – Você costuma fazer anotações enquanto lê? Se sim, onde? A ideia de fazer anotações no próprio livro lhe assusta?

Não é todo livro que eu marco, sublinho ou comento, mas não tenho problema nenhum em anotar no próprio livro, tenho vários anotados, sublinhados, marcados. Acho uma maneira de se apropriar do livro, de tornar a experiência mais pessoal. Brida, O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, A Era das Revoluções são alguns dos meus livros mais rabiscados.

26 de nov. de 2011

Meme literário - dia 26

Dia 26 – Qual o maior (em número de páginas) livro que você já leu? Quanto tempo demorou? Fale sobre ele.



Não tenho certeza, mas deve ter sido o Deathly Hallows, de 759 páginas. Li em um dia e meio. Comecei num sábado depois do almoço e terminei no domingo, perto da meia-noite. em seguida tive uma crise de choro perfeitamente compreensível e esperada.



Mas é preciso fazer uma ressalva: li Ana Karenina numa edição de 749 páginas com uma letra pequenininha, muito menor que a de Deathly Hallows, portanto deve ser maior.


25 de nov. de 2011

Meme literário - dia 25

Dia 25 – Tem algum livro que você tenha mais de uma edição do mesmo? Se sim, por quê?



Tenho toda a coleção do Harry Potter em inglês (era pra ser toda da Bloomsbury, mas o último é da Scholastic, porque o marido comprou errado) e em português. Pra falar a verdade O Cálice de Fogo eu tenho até uma terceira edição, em português de Portugal, que meus pais trouxeram pra mim de viagem antes de sair o livro no Brasil. E por isso até hoje eu chamo os explosívins de explojentos. Que é um nome muito melhor.
O primeiro livro, o verde, à esquerda, é o exemplar português.
A coleção em inglês está atrás, exceto o Deathly Hallows e o Beedle, que estão deitados na frente.

Eu comecei a coleção em português. Comprei os quatro primeiros em inglês numa promoção na Disal que ficava ao lado do meu apê em São Paulo, daí resolvi completar as duas coleções.



Sherlock Holmes também, tenho a coleção completa em português do Círculo do Livro, onde li pela primeira vez, e um volume completo em inglês com as ilustrações originais do The Strand, que ganhei da minha melhor amiga. Também tenho um volume a mais em espanhol. Curiosamente também foi presente de viagem dos meus pais, que continuam me dando livros até depois de velha. :)



Fora isso, tenho Fanfan em francês e em português (li primeiro em português, e o Emerson me deu a edição francesa), e O Estrangeiro também, em francês (que comprei pra ler no curso superior) e português. O Pequeno Príncipe eu tenho em português, francês (comprado no Panthéon) e espanhol (este também foi minha mãe que me deu). Mulherzinhas, tenho em inglês e português (lindo e de capa dura), além de uma versão simplificada em inglês. A Volta do Parafuso, do Henry James, eu tenho três edições: em português, lindo e de capa dura, em inglês (em paperback) e a adorada edição simplificada da série Reencontro, que foi onde li, reli, treli mil vezes durante a adolescência e foi quando me apaixonei por uma das únicas histórias de terror de que gosto.

24 de nov. de 2011

Meme literário - dia 24

Dia 24 – Você lê um livro por vez ou gosta de alternar a leitura em dois ou mais livros?

Compulsivamente vários por vez, sete, dez, enfim. Alguns quase podem ser considerados uma semi-abandono, porque passar meses com o marcador na mesma página, enquanto me dedico a outras leituras, mas acabo voltando e terminando. Eventually.

23 de nov. de 2011

Meme literário - dia 23

Dia 23 – Você costuma ler e-books? Ou prefere o bom e velho livro em papel? Por que?

Nunca li um ebook na vida! :(

22 de nov. de 2011

Meme literário - dia 22

Dia 22 – Cite um ou dois livros com títulos que você acha interessante. Você costuma escolher livros pelo título?



Gosto de todos os títulos das Desventuras em Série (especialmente os títulos no original, que formam um lindo conjunto, mas algumas traduções ficaram boas) e dos livros do Jeeves (PG Wodehouse) também, assim como "Aqueles Cães Malditos de Arquelau", do Isaias Pessotti. Todos esses eu escolhi pelo título, dessa coisa de andar pela livraria e ver o livro exposto por ali e achar que ia gostar de ler aquilo. E deu certo. 



Tem alguns títulos da Agatha Christie que eu também acho intrigantes, como "Why didn't they ask Evans?" ou "4.50 from Paddington", sem falar daqueles de canções infantis, tipo "Hickory Dickory Dock" e (que não li) "One, Two, Buckle My Shoe".


21 de nov. de 2011

Meme literário - dia 21

Dia 21 – Quanto tempo em média você demora para ler um livro?

Vixe, isso depende horrores. Eu sou capaz de ler Deathly Hallows em inglês em menos de dois dias e de passar anos sem terminar O Senhor dos Anéis (e nunca considero que abandonei, porque gosto e quero ler até o fim!). Mas, na média, eu não sou das mais velozes.


20 de nov. de 2011

Meme literário - dia 20

Dia 20 – Você gosta de poesias? Qual o seu poeta ou poema favorito?

Gosto, mas nem tanto assim. Não gosto de ficar lendo poesia, mas tem algumas que me conquistam. Meu poeta favorito é Fernando Pessoa.


19 de nov. de 2011

Meme literário - dia 19

Dia 19 – Qual é o livro que você leu, gostou e recomenda para todo mundo ler também?

O dia do Curinga, sem pestanejar. É meu livro favorito.


18 de nov. de 2011

Meme literário - dia 18

Dia 18 – Você lê livros que não são para sua idade? Como livros infanto-juvenis ou YA para quem é adulto, ou livros adultos para quem é adolescente.



Sempre! Adoro livros infantis e para adolescentes. Acho que Harry Potter nem entra mais nessa categoria, porque clássico não tem idade. Mas Desventuras em Série, Le Petit Nicolas, O diário da princesa, Os mundos de Crestomanci são alguns dos muitos exemplos de infanto-juvenis que li já adulta.


17 de nov. de 2011

Meme literário - dia 17

Dia 17 – Cite um livro que você achou que iria gostar e acabou não gostando. Fale sobre ele.



Isso aí sim, aconteceu muitas vezes. Monte Cinco, por exemplo. Eu tinha lido até então todos os livros do Paulo Coelho e sempre gostei de todos. Brida é provavelmente um dos cinco livros que mais vezes eu li na vida. Mas Monte Cinco é uma porcaria, um saco, e não consegui passar do primeiro capítulo.



O Tesouro de Rennes-le-Château também, comecei a ler porque o tema me interessava muito, desde que li O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, mas no fim a escrita era chata e não era nada do que eu esperava. Abandonei também.

16 de nov. de 2011

Meme literário - dia 16

Dia 16 – Cite um livro que você achou que não iria gostar e acabou adorando. Fale sobre ele.

Acho que não comecei a ler nenhum livro achando que não ia gostar. Mas Persépolis (Marjane Satrapi) é um que eu não tinha muitas expectativas (curiosamente é um dos poucos livros emprestados que li) e acabei gostando muito. Não esperava que fosse tão divertido, porque não gosto muito de livro que é só engajado, e foi bem diferente do que eu pensei.


15 de nov. de 2011

Meme literário - dia 15

Dia 15 – Qual é o seu vilão literário favorito? Por que?

Gosto muito de Sir Eustace Pedler, o vilão de O Homem do Terno Marrom, da Agatha Christie. Acho que porque no começo a gente nem sabe que ele é vilão, e é espirituoso, gosto da personalidade dele.

Mas se a pergunta for sobre o melhor vilão, o que é mais vilão, o mais bem-feito e bem-acabado vilão, teria de ser Dolores Umbridge. Porque ela é tão assustadoramente real.


14 de nov. de 2011

Meme literário - dia 14

Dia 14 – Se você pudesse fazer uma pergunta para o seu escritor preferido (vivo ou morto), qual seria o escritor e qual seria a pergunta?

Não seria bem uma pergunta. Eu queria que a JK Rowling me contasse mais sobre o processo de produção do Harry Potter, como organizava os personagens, se ela já sabia desde o princípio tudo o que ia acontecer, como fez para que nenhum pequeno detalhe escapasse e tudo fizesse absolutamente sentido até o fim.

Diga tudo, garota!
[foto do site da Contigo]

13 de nov. de 2011

Meme literário - dia 13


Dia 13 – Se você pudesse trocar de lugar com o personagem de um livro, qual seria? Que história dessa personagem você gostaria de viver?



Estou na dúvida entre Hermione Granger, mas eu sou meio medrosa e ela passa por uns perigos bem graves, Jane Marple, e aí seria difícil escolher a história, porque o que eu acho fantástico é poder descobrir esse monte de coisas que ela descobre assim, só observando as pessoas e sem obrigação alguma, e Bastian Baltasar Bux, afinal ele entra num livro e reconstrói um mundo a partir de seus desejos. 


Minha Miss Marple favorita


Mas acho que fico com o padeiro Hans, de O Dia do Curinga (Jostein Gaarder). É meu livro favorito na vida, e só pela possibilidade de ver de perto o trabalho de Frode, a ilha, as cartas, vivenciar o dia do Curinga, acho que nada bate isso.


Jostein Gaarder

12 de nov. de 2011

Meme literário - dia 12

Dia 12 – Se você pudesse conhecer um lugar/mundo que só existe nos livros, qual seria? Por que?
Hogwarts. Hogwarts sem dúvida nenhuma. Oh, siiiim, Hogwarts com certeza. Se o ônibus fizer paradas para as compras, que sejam no Beco Diagonal e em Hogsmeade. Hogwarts foi um dos lugares mais perfeitamente bem descritos que eu já li na vida, e, meu deus, é uma escola, e eu queria frequentar aquelas aulas, cantar no coral, comer nas mesas enormes no Halloween, bater papo à beira do lago, assistir um jogo de quadribol. Enfim.

Draco dormiens nunquam titillandus

11 de nov. de 2011

Meme literário - dia 11

Dia 11 – Cite um livro que fez você rir. Fale um pouco sobre ele.

Os livros que mais me fizeram rir na vida foram os três que li do PG Wodehouse. Quando leio em público, passo vergonha invariavelmente. O que mais gosto dele é o vocabulário, o estilo, o jeito de falar. Às vezes a coisa mais boba, quando dita pelo Bertie ou pelo Jeeves se tornam a piada mais hilária do mês.


Qualquer um do Le Petit Nicolas também me arranca risadas. A lógica infantil masculina é tão absurda e ao mesmo tempo tudo parece tão ridiculamente simples praqueles meninos!


10 de nov. de 2011

Meme literário - dia 10

Dia 10 – Se você pudesse escolher um único livro para ganhar/comprar até o final do ano, qual seria?

Acho que seria Mil Mágicas, de Diana Wynne Jones.


9 de nov. de 2011

Da USP e dos preconceitos que eu também tenho

Pois é. Eu vinha, até agora, abstendo-me de opinar publicamente (interneticamente, digo) sobre os episódios da USP, simplesmente porque não é o tipo de episódio em que eu acho que se possa confiar totalmente na versão da velha mídia (poucos são), e como era a fonte que eu tinha, abstive-me.

Mas agora resolvi falar. Ui. Nada grave, minha gente.


Fui FFLCH, antes disso fui CFCH, e pra quem não sabe, isso é a FFLCH da Federal do Pará. Tive duas experiências de universidades públicas, em Belém e em São Paulo, e só vou falar do que sei.

Não fiz parte do movimento estudantil (com isso digo que não me candidatei a nada), mas votei quando foi preciso, em diversos tipos de pleitos, tinha opinião, tinha amigos nas chapas, conheci vários tipos de pessoas, e posso dizer que a História da UFPA era muito mais ativa politicamente que a da USP. Na USP, já ia de longe avançando o processo (triste) de despopularização da universidade pública. Com esse floreio quero dizer que em Belém, quando eu era universitária, tinha muito mais gente pobre na universidade pública que na privada, e em São Paulo já era o contrário, porque via de regra o cara que tinha estudado no colégio pior não dava conta de passar na FUVEST e tinha que ralar pra pagar uma universidade privada. Isso já muda o perfil da galera.

O pessoal da UFPA já tava trabalhando, tinha que dar aula, estudei com gente que mal tinha dinheiro pra pagar o ônibus pra ir pra universidade, juro. Eu era uma das únicas pessoas com carro e celular em 97 na Federal. Já na USP, era difícil achar vaga pra estacionar no prédio da História.

Conheci sim, muito vagabundo. Engajados ou não, pq tb tem o cara que não tá nem aí pra estudar e nem por isso tá no movimento. Não liga pra nada. Infelizmente muita gente só quer balada, bebida e sexo. Não faz meu tipo. Também vagabundeei, mas meu estilo era mais a preguiça que o forró de sexta do Vadião (pra quem conhece a UFPA, dispensa apresentações).

Tem vagabundo no movimento estudantil? Claro que tem, né? Mas num tem em todo canto? Às vezes eu me irritava com a chatice do movimento, que pode ser muito chato sim senhor, e achava patético aquele povo fumando largado num sofá do Aquário (pra quem conhece a História-Geografia da USP, dispensa apresentações) em vez de estarem na aula. Bom, mas morei anos na frente do Mackenzie e achava igualmente patéticos os alunos bebendo cachaça direto da garrafa dentro de um saquinho do Pão de Açúcar, como se fossem mendigos. A juventude desperdiçada sempre me angustiou e irritou. Sim, eu sou CDF. Já perdi a vergonha disso faz tempo.

E eu tinha medo da violência. Houve casos de estupro tanto na UFPA quanto na USP no meu período de universitária. Em princípio, eu não veria mal algum em ter policiamento no campus, sinceramente. Repito: não sei como era a situação, não sei se havia reclamações fundamentadas dos estudantes a respeito dessa convivência antes do episódio virar notícia. Outra coisa que acho é que nada justifica a depredação do patrimônio público. Tem uma boa razão, quer ocupar, quer protestar? Tem todo o meu apoio. Esforce-se para não perder a razão e, com isso, o argumento. Quando se é jovem, porém (e eu não esqueço que já fui), pouca coisa é mais fácil do que perder o limite.

Quem detém a força também pode perder o limite, todos podem, e eu também conheço um pouco do tamanho do preconceito que boa parte dos policiais aprende a ter contra os estudantes. Não esqueçamos de colocar isso na equação.

Conflito de gerações faz o mundo andar, mudar. É natural e saudável. Existe dentro do jovem a vontade de mudar alguma coisa, de questionar, e quando não aparece nada de realmente grave (sim, tipo, derrubar uma ditadura, como todos estão comentando), essa força pode sim acabar sendo usada pra coisas menores. Ela pode, no entanto, começar com algo menor (vide Maio de 68) e se desenvolver como algo imenso. O senso político não deve morrer durante a democracia, ok?

Lutar pelo direito de fumar maconha no campus? Sinceramente, acho isso uma bobagem. Mas quem disse que a coisa toda se encerra nisso? Eu não disse, porque eu não sei.

P.S.: Não falei dos meus preconceitos? Bom, eu desenvolvi um certo preconceito contra os estudantes envolvidos no movimento estudantil, porque a maioria dos que conheci não queriam saber de mais nada na vida, só de jubilar. Não procuravam entender outras opiniões e gostavam de se fazer de vítimas do mundo, coisa que acho das mais feias no mundo. Mas eu sempre estou atenta aos meus preconceitos. Ou tento estar.

Meme literário - dia 09

Dia 09 – Você costuma ficar com todos os livros que compra? O que faz com aqueles que não gosta? Troca? Dá? Fica?

Sempre fico com os livros que compro. Sabe que isso me fez refletir? Acho que devia realmente pôr alguns na roda, deixar num banco de praça, sei lá. Ah, e uma vez vendi dois livros pruma banquinha de usados. Era estudante e tava precisando de grana. Um deles nem era meu. Era de um ex-namorado que tinha deixado umas coisas na minha casa. Bem-feito.

8 de nov. de 2011

Meme literário - dia 08

Dia 08 – Quantos livros você tem? Qual o autor que você tem mais livros? Fale um pouco sobre isso.

Baseando-me pelo Skoob e calculando no olho tudo o que eu tenho e ainda não li, deve bater nuns 500. Eu tenho mais livros da Agatha Christie, porque a pessoa escreveu pra cacete, né mesmo? Difícil competir!

Tirando ela, tenho uns tantos JK Rowling (porque tenho duas coleções completas), Jostein Gaarder, Conan Doyle, Paulo Coelho, Lemony Snicket e acho que esses são os mais numerosos nas prateleiras.

tem muito mais na parte debaixo, em cima, do outro lado, atrás da porta,
e esse armário estreitinho tá repleto de Agathas, Sherlocks e outros.

7 de nov. de 2011

Meme literário - dia 07

Dia 07 – Você costuma emprestar ou pegar livros emprestados? Sim? Não? Por que?

Não pego muito livro emprestado não, porque às vezes demoro pra terminar um livro (com essa história de ficar parando) e gosto de ter a liberdade de virar a capa e rabiscar. Uma exceção foram os livros de Artemis Fowl. Só tenho os dois primeiros, e todo o resto eu li emprestado da minha amiga Fernanda Mizioka, pra quem, em troca, emprestei toda a saga das Desventuras em Série. Eu empresto livro às vezes, mas confesso que sou apegada pacas. Fico agoniada pra pessoa me devolver.


6 de nov. de 2011

Meme literário- dia 06

Dia 06 – Quem (ou o quê) inspirou seu amor por livros? Conte como foi.

Meus pais sempre incentivaram muito, dando livros quando tirávamos boas notas, essas coisas. Lembro que meu pai tinha dois livros de História que a gente tinha que esperar chegar a uma certa idade pra ler, primeiro o de História do Brasil (acho que era um do Viriato Corrêa) e depois o de História do Mundo (juro que não lembro se era o do Monteiro Lobato, nenhuma das capas que achei na internet me deu o estalo).

Paca Tatu Cotia Não foi possivelmente o livro mais adorado da minha infância.

Meme literário - dia 05 atrasado

Dia 05 – Você costuma abandonar a leitura de um livro? Você está no meio da leitura de um livro, só que está odiando. É chato, sem graça, mal escrito… O que faz? Larga-o na mesma hora ou persiste até o final? 

Sim, abandono livros muitas vezes. Existem dois tipos de abandonos de livros no meu caso.

O abandono definitivo: o livro é horrível e eu não tenho a menor intenção de voltar a ele para terminá-lo.

O abandono temporário: às vezes o livro é bom, mas não estou mais no espírito dele. In the mood. Aí largo ele um tempo, leio outras coisas, volto depois, leio mais um tanto. Um dia eu acabo. Não acho um bom método, mas é assim que tenho funcionado.

4 de nov. de 2011

"A vida é uma loteria gigante, da qual só se vêem os ganhadores"


“- Você deve saber que metade da população da Noruega sucumbiu à peste.. Só que existe aí uma coisa de que nunca falamos.
Quando ele começava assim, eu já sabia que ia ter de ouvir uma longa explanação.
- Você tem consciência de que naquela época você tinha muitos milhares de antepassados? - perguntou meu pai.
Balancei a cabeça em sinal de dúvida sobre o que ele havia dito. Como aquilo podia ser possível?
- Todos nós temos um pai e uma mãe, quatro avós, oito bisavós, dezesseis tataravós, e assim por diante. Se você for fazendo as contas até voltar a 1349, vai chegar a um número bem grande.
Concordei.
- Então veio a peste. A morte rondava os povoados, um a um, e as crianças eram as suas maiores vítimas. Em algumas famílias morreram todas as crianças; em outras, uma ou talvez conseguiram sobreviver. Naquela época, Hans-Thomas, muitas centenas dos seus antepassados eram crianças. E nenhum deles morreu.
- Como é que você pode ter tanta certeza disso? - perguntei intrigado.
Ele deu uma tragada no cigarro e continuou:
- Porque você está bem aqui ao meu lado, olhando para o mar Adriático.
Essa foi mais uma daquelas conclusões surpreendentes , que me deixavam sem saber como reagir. Uma coisa era certa: meu pai tinha razão, pois se apenas um de meus antepassados tivesse morrido quando criança, ele ou ela não poderia ter sido meu antepassado.
- A probabilidade de nenhum dos seus antepassados ter morrido ainda criança era uma para muitos bilhões - prosseguiu ele. E a partir daí suas palavras começaram a jorrar como água de um dique que se rompe: - Pois não estamos falando aqui apenas da peste, entende? Todos, todos os seus antepassados cresceram e tiveram filhos em épocas que foram palco das mais terríveis catástrofes naturais e que, além do mais, possuíam índices assustadores de mortalidade infantil. É claro que muitos deles chegaram a ficar doentes, mas o fato é que todos sempre sobreviveram às enfermidades.. Assim, por muitas centenas de bilhões de vezes você esteve a um milímetro da morte, Hans-Thomas. Sua vida neste planeta foi ameaçada por insetos e animais selvagens, meteoros e raios, doenças e guerras, enchentes e incêndios, envenenamentos e tentativas de assassinato. Só na guerra dos Trinta Anos você deve ter se ferido muitas centenas de vezes, pois você deve ter tido antepassados de ambos os lados. Sim, no fundo, você travou uma guerra contra si mesmo e contra suas possibilidades de nascer três séculos mais tarde. E o mesmo vale para Segunda Guerra Mundial: se algum bom norueguês tivesse abatido o seu avô durante o período da ocupação, nem você e nem eu teríamos nascido. Estou falando de uma coisa que aconteceu muitos bilhões de vezes ao longo da história. Todas as vezes que uma seta cortou os ares sibilando, as chances de você nascer foram reduzidas a um mínimo. Mas aí está você, Hans-Thomas, sentado bem ao meu lado e conversando comigo. Entende?
- Acho que sim - respondi. Pelo menos achava que entendia o quanto tinha sido importante o pneu furado na bicicleta da minha avó durante aquele passeio em Froland.
- Estou falando de uma única e longa cadeia de acasos - prosseguiu meu pai. E essa cadeia pode ser acompanhada até chegarmos à primeira célula viva, que se dividiu e com isso deu o pontapé inicial para tudo o que cresce e medra hoje em dia no planeta. A probabilidade de que a minha cadeia não se interrompeu em algum ponto do passado ao longo de três ou quatro bilhões de anos é tão pequena que quase não podemos imaginá-la. Isso mesmo, diabos, aqui estou eu! E sei que sorte do cão eu tive para ter o prazer de desfrutar deste planeta na sua companhia. Sei da sorte que teve cada pequeno ser vivo deste planeta.
- E aqueles que tiveram azar? - perguntei.
- Eles não existem! - gritou ele. - Nunca nasceram. A vida é uma loteria gigante, da qual só se vêem os ganhadores.
[O dia do curinga, Jostein Gaarder, p. 139-142]

"Just" a spoonful of sugar

[achei o começo deste post escrito num arquivo por aí, e terminei hoje]

Prometi um dia que a escolha consciente de ter uma vida mágica e fantasiosa seria assunto pra mais um post, e cumpro. O filme “A Loja Mágica de Brinquedos” continua em pauta, mas o guia luxuoso da escolha desse mundo é uma obra-prima do cinema universal: Mary Poppins.


Deve ser a idade, que vai deixando a gente acreditar que as pessoas estão interessadas na nossa visão do mundo (Weltanschauung), e que foi me transformando nessa criadora de temas de auto-ajuda. Auto-ajuda mesmo, porque eu invento tudo pra mim. Só ajudo a mim mesma, vou logo avisando. Quem gostar, que goste. E quem quiser sorrir, que “sorra”. Eu “sorro”. E vamos lá.


A cena da Loja Mágica que mencionei no post sobre Molly Mahoney é ilustrativa da minha visão do que pode realmente ser a magia na vida real. A loja está toda cinza e sem vida depois da partida de Mr. Magorium, e o garoto pega um brinquedo pra brincar. Minutos depois, o brinquedo ganha cor de novo, porque não é mais “só” um brinquedo, é um brinquedo que tem uma pequena história com aquele garoto.


Todo mundo nesta vida pode tender a ser um Mutante, e achar que tudo é “só”. “Só” um filme, é “só” uma boneca, é “só” um gato, é “só” um desenho no chão. Mas eu, você e a Mary Poppins sabemos que não é. É um filme que te fez chorar e pensar, é uma boneca que você desejou muito e que agora te diverte e que é só sua, é um gato que você ama muito mais do que devia amar, é um desenho no chão feito por um cavalheiro divertidíssimo e que pode te render um dia alegre com sua babá perfeita. Não é “só” o que as coisas são que importa, mas o que você faz delas.


Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo, 
 
Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas, 
 
Para aumentar com isso a minha personalidade.” (Álvaro de Campos)


Sim, por mais piegas que isso possa parecer, você detém o poder da magia. Quando você passa na frente da antiga casa do seu avô ou sente o cheiro de um xampu que você usou aos 15 anos, é a sua máquina do tempo que entra em funcionamento e te transporta pra momentos que já se foram. Quando você toma uma decisão importante ou se livra por muito pouco de um tombo que poderia custar a sua vida (mas que você acabou só com um estiramento de tendão e duas semanas de licença), não se pega pensando no universo paralelo em que você morreu no banheiro ou não teve coragem de largar o emprego?


Máquina do tempo e universos paralelos são apenas alguns dos truques de magia que você consegue realizar. Descubra os seus e deixe de ser “só” um “mutante”. Anime, empreste-se às coisas, aos homens, às máquinas, aos animais. Você verá que com isso você não se perde, mas se multiplica, porque passa a “possuir” um quinhão de tudo aquilo que animou.

Meme literário - dia 04

Dia 04 – Onde você gosta de ler? No sofá? Na cama? No ônibus? O lugar onde você costuma ler é o lugar onde você gosta de ler?

Na cama, mas não antes de dormir, e sim naqueles momentos livres do dia (eu tenho!). No sofá também. Mas gosto muito de ler na rua, de levar livro na bolsa pra ler em consultório, intervalos no trabalho, no shopping, na casa dos outros. Às vezes a minha casa me dispersa.

obs.: Acompanhei o meme literário no blog da Lu Naomi, mas a ideia original é do blog Happy Batatinha. Foi feito no mês de outubro, mas eu vou de atrasilda mesmo assim, tá? Fiquei a fins. :)

3 de nov. de 2011

Meme literário - Dia 03

Dia 03 – Você lê resenhas de livros? Elas influenciam na escolha de um livro? Ou na opinião que você tinha sobre um livro lido?

Quase nunca leio resenhas, especialmente antes de ler o livro. Às vezes leio posts sobre um livro depois de tê-lo lido e, sim, algumas vezes isso até influencia a opinião que fiz do livro, me fazendo ver outros aspectos aos quais antes eu não tinha dado tanta importância.

2 de nov. de 2011

O Dia do Curinga - um tweet grande demais

Isto aqui eu comecei a tuitar, mas percebi que ia ficar muito grande pra um microblog, por isso vim pro blog. ;P

Cada vez, cada uma das (muitas) vezes que eu releio O Dia do Curinga, leio com a avidez da primeira leitura, bebendo as frases, cheia de sede, como se não soubesse o que vai acontecer na próxima página. Sempre sonhei, durante toda a minha vida de leitora, com um livro que eu pudesse reler experimentando a mesma emoção, o mesmo prazer que senti quando da primeira vez. O Dia do Curinga é esse livro.

Embarco na viagem e na leitura de Hans-Thomas como se fosse a mesma viagem de 1997, como se eu tivesse de novo 19 anos e usasse meu vestido verde escuro, e estivesse no Grêmio Literário Português transcrevendo documentos, fichando livros pro meu orientador da graduação com este mesmo livro de capa verde enfiado na bolsa, aproveitando intervalos pra ler na janela, furtivamente (ninguém me vigiava trabalhar, mas eu tinha um prazo). E a cada vez é como na primeira. A aventura de Frode, Albert, Ludwig e Hans-Thomas tem tamanho poder sobre mim, mais que eu podia imaginar em 1997 que pudesse vir a ter.

Antes de reler O Dia do Curinga pela primeira vez eu ainda não sabia que ele era o livro que me garantiria a realização desse sonho de leitora, o sonho de um livro imorrível, incansável, ingastável. Quando li Aqueles Cães Malditos de Arquelau, no ano seguinte (eu ainda não havia relido o Curinga), desejei poder ler novamente o mesmo livro com o mesmo impacto. Daí comprei O Manuscrito de Mediavilla, do mesmo autor (Isaias Pessotti), e quase que isso aconteceu. Mas não era a mesma coisa, porque na verdade percebi que o Pessotti escrevia livros muito parecidos, e isso acabou sendo chato e aborrecido. Quando li A Lua da Verdade tive certeza de que ele tinha um molde muito repetitivo de enredo, e me decepcionei.

E acho que foi em 2000, três anos depois da primeira leitura, que reli pela primeira vez o Curinga. Foi no Rio, numa visita à minha irmã. E foi de novo mágico e impactante. Nunca mais deixei de reler, faço isso quase todos os anos desde então.

Não é um livro que te ensine uma grande lição sobre a vida ou algo sobre a história dos homens. Não. É uma fábula de uma situação que provavelmente você nunca viverá: a criação de seres. Mas ainda assim, não sei se posso explicar, esse livro me abre os olhos como se eu visse o mundo pela primeira vez. É o que a filosofia pretende fazer com os homens, ou pelo menos é o que dizia o professor de filosofia da Sofia, aquela cujo Mundo vendeu pra caramba e foi quem me fez ler o Curinga.

É bom que todos saibam que O Dia do Curinga foi escrito antes de O Mundo de Sofia, o qual foi escrito PARA o Hans-Thomas, personagem principal do Curinga. Simplesmente porque Jostein Gaarder se deu conta de que não havia um livro de filosofia para alguém da idade do Hans-Thomas (12 anos), e resolveu fazer esse mimo pro seu personagem. A diferença entre Hans-Thomas e Sofia pode ser resumida assim: Sofia é uma aluna de filosofia; Hans-Thomas é um filósofo.



"Se nosso cérebro fosse tão simples a ponto de podermos entendê-lo - disse ele, e fez uma pausa -, seríamos tão tolos que continuaríamos sem entendê-lo." [p. 171]


"Pois quando a gente entende que não entende alguma coisa é que a gente está prestes a entender tudo." [p. 211]

Meme literário - dia 02


Dia 02 – Qual foi o último livro que leu e qual é o próximo livro que lerá? Fale um pouco sobre eles.

Semana passada terminei de ler A História sem Fim, Revolução dos Bichos e Sócios no Crime.

- A História sem Fim, Michael Ende: eu deveria ter lido quando era criança, ou pelo menos adolescente. Mas sempre é tempo. O livro conta a história de um garoto chamado Bastian Baltasar Bux que adora ler e acaba roubando um livro chamado A História sem Fim. Com medo de ser preso por roubo, ele se esconde no porão da escola e começa a ler o livro de capa de cor de cobre. E nós começamos a ler junto. É muito importante que esse livro seja lido numa boa edição, pois acho que já perde muito se não tiver uma capa cor de cobre com duas serpentes mordendo a cauda uma da outra. Acompanhamos a história de Bastian em letras marrons e a do livro que ele lê em letras verdes. Esse livro dá muito poder à imaginação de uma criança. Imperdível. Detalhe: o livro me foi emprestado, é da minha mãe.

 O livro de capa cor de cobre com duas serpentes, uma preta e uma branca, mordendo o rabo uma da outra.
Se a sua capa não for assim, sinceramente, perde bastante da magia...


- Revolução dos Bichos, George Orwell: eu tinha lido uma versão simplificada em inglês quando tinha uns 12 anos. Li este em uma tarde. Trata-se de uma fábula do comunismo. Animais de uma fazenda organizam uma revolução e tomam o controle da fazenda, expulsando os humanos. Depois disso, os porcos, considerados os mais inteligentes, passam a ditar as regras, e em pouco tempo os animais estão novamente escravizados, mas vivendo dentro da ilusão de que a vida deles agora é melhor simplesmente por não trabalharem mais para os humanos, e sim "para si próprios" (só que os porcos ficam com o que há de melhor e cada vez comportam-se mais como humanos).

All animals are equal. (conforme os sete mandamentos dos animais)
But some animals are more equal than others. (adendo posterior...)


- Sócios no Crime, Agatha Christie: de Tommy e Tuppence. Não são meus favoritos, e os livros da Agatha que são de casos curtos costumam me deixar meio dispersa. Não os devoro como os de um só caso, por isso demorei um certo tempo pra terminar. O interessante desse livro é que, em cada capítulo, Tommy e Tupppence homenageiam um famoso detetive personagem de romances policiais.


Sobre o próximo que lerei, bom, não decidi ainda. Ontem a tarde comecei a reler O Dia do Curinga, coisa que faço de tempos em tempos, mas também preciso ler Comer, Rezar, Amar, que minha mãe me emprestou e ainda nem comecei. Tenho em casa uns dois da Agatha ainda não lidos, e tô a fim de começar A Bússola de Ouro. Pode ser um desses, pode não ser nenhum deles...

obs.: Acompanhei o meme literário no blog da Lu Naomi, mas a ideia original é do blog Happy Batatinha. Foi feito no mês de outubro, mas eu vou de atrasilda mesmo assim, tá? Fiquei a fins. :)