15 de dez. de 2013
Meme literário 2013 - dia 15
Dia 15 - Revele sua admiração por seu herói literário, aquele personagem que inspira o que você é.
Embora eu tenha, sim, alguns heróis literários, acho que não chegam a inspirar quem eu sou. Trata-se mais de admiração. E aqui eu poderia desfiar uma renca de personagens da série Harry Potter. Ele próprio, pela coragem, determinação, abnegação, capacidade de superar (medos, desconfianças), é um personagem cheio de humanidade e salpicado de elementos que o colocam levemente, apenas levemente, mas é o suficiente, acima da humanidade, e é o que faz o bom herói. Hermione, meu deus!, Hermione Granger, quanta admiração por essa menina! Ela era uma criança, sim, uma criança, de poucas facetas, muitas limitações, porém ávida! Não se intimidou, encarou o que veio, e se tornou uma mulher admirável. Dumbledore já nos aparece com toda a fibra do herói, e só nos momentos finais da saga é que podemos entender melhor como o herói se construiu, e é possivelmente meu personagem mais guru de todos os livros que já li.
Mas, sinceramente, meu destaque de herói na saga Harry Potter vai para Severo Snape. QUE PERSONAGEM!! Seu ato de heroísmo, quando pesado com sua dor, seu sacrifício, é sem precedentes entre os demais personagens. Ele é arrebatador, nos livros e no cinema.
Só não quero fechar a saga sem falar de Neville Longbottom, o herói mais comovente, para mim. Ele poderia ter sido tudo, ele poderia ter sido o nome da história, mas não foi. E por causa disso, e também pelo tanto que sofreram seus pais, poderia ter sido um fraco, mimizento, recalcado, vítima do mundo. Mas ele se torna Neville Longbottom, e isso logo no primeiro livro! Um menino criado por vó, gente! Ele é a glória de todos os meninos de vó!
Saindo da saga Harry Potter, é claro que eu tenho que reforçar minha admiração pelo intelecto de Sherlock Holmes, mas moralmente o personagem não se alça a herói. Christopher Tietjens, de Parade's End, (ainda estou lendo!) é moralmente admirável, mas não no sentido de que eu o imitaria. É admirável pela força de caráter e coerência e sensibilidade extremas. Um grande personagem. Assim como Liêvin, de Anna Karênina, as reflexões dele sobre si mesmo e o que o rodeia são instigantes. E eu adoro Jo March. É uma heroína da minha adolescência, com seu apego à família e a seus escritos, mesmo com suas implicâncias e meninices.
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