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12 de dez. de 2013

Meme literário 2013 - dia 12

Dia 11 - Qual a importância da edição (fonte, capa, papel, margens) para você?



Eu gosto dessa pergunta porque me faz pensar num aspecto que nem sempre a gente considera num livro, mas que pode, sim, atrapalhar muito a experiência da leitura. É o conforto. E, sim, pra mim tem importância. É claro que a gente acaba lembrando mais dos exemplos ruins do que dos bons, mas acho que tenho coisas boas para falar também.

Um exemplo bom sem dúvida é a Companhia das Letras. No geral, nunca tive nenhuma reclamação. E um pouco mais do que isso: eu adoro todas as edições dos livros do Jostein Gaarder. Adoro a fonte e até a cor do papel. Sempre, sempre pensei isso, acho que desde o primeiro livro que li dele. Acho prazeroso, confortável e, hoje em dia, até familiar. Me dá um calor no coração me deparar com aquelas letrinhas.

Exemplos ruins, tenho alguns. Ano passado consegui, enfim, terminar de ler Os Maias, e não tenho a menor dúvida de que a péssima qualidade da edição atrapalhou muito o andamento da minha leitura. As páginas caíam, a margem era muito muito pequena, sem falar em erros de pontuação e digitação grotescos. Comprei numa feira do livro, numa dessas bancas de promoção, e nem tinha nome da editora, coisa que, na hora, nem reparei. Eu pensei assim "ah, tudo bem ser meio vagabundo, porque é em português mesmo, então nenhum tradutor ruim poderá ter estragado o livro". Ledo engano. Uma edição ruim também pode estragar a leitura, tanto quanto um tradutor ruim.

Exemplo ruim com nome e sobrenome tenho um: Martin Claret. Acho a qualidade das edições bem ruim também (não tão horrível quanto essa minha d'Os Maias), e quando é livro traduzido, também já me irritei bastante. Desisti totalmente dessa editora.


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2 comentários:

  1. Se tivéssemos combinado para escrever nossos textos não ficariam tão parecidos.
    Acho que como exemplos bons, além da unânime Cia das Letras, é Alfaguara, Editora 34, CosacNaify.
    Eu ri com o "ah, tudo bem ser meio vagabundo, porque é em português mesmo, então nenhum tradutor ruim poderá ter estragado o livro"
    Da Martin Claret comprei uns livros na Bienal e li somente A Letra Escarlate, porque a história me prendeu, mas poderia ter lido mais rapidamente em outra edição.

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  2. A Martin Claret é um caso sério de desonestidade. Um tempo atrás repercutiu muito as acusações de plágio.Acho que além da falta de qualidade este motivo já justifica não comprá-lo.
    A gente acha que só o interesse aguça a leitura, né? Letrinha pequena, páginas mal ajambradas, diagramação ruim, tudo vai minando a vontade e a gente se esfalfando. Depois dos 40 então o lance das letrinhas vira fator importante.
    Tem coisinhas sutis já me fizeram comprar um livro sem pensar. Desenhinhos nos capítulos, alguma invenção de orelha diferente, ilustrações, capitulares enfeitadas. Um exemplo recente de livro lindo é o "Reflexões do Gato Murr". Além do apelo do livro ter um gato como narrador, o livro tem ilustrações de Maximilian Liebenwein. E vem com marcador lindo.
    Eu olho tudo isso e não compro se a má qualidade da edição for bem gritante. Só em casos de desespero.
    Crisim

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